O Itaú, o maior banco da América Latina, anunciou recentemente que mantém sob sua custódia R$ 1,725 bilhão em bitcoin e ethereum, destacando-se como uma das principais instituições financeiras brasileiras a adotar e integrar criptomoedas em seus serviços.
A notícia representa um marco significativo no setor bancário tradicional, evidenciando o crescente interesse e aceitação dos criptoativos no Brasil e no mundo.
Expansão do Itaú no mercado de criptoativos
O envolvimento do Itaú com o mercado de criptoativos começou em 2023, quando a divisão Itaú Digital Assets foi criada para atender à demanda crescente de clientes interessados em investir em criptomoedas.
Inicialmente, o banco ofereceu ETFs (Exchange-Traded Funds) de criptomoedas, possibilitando aos seus clientes exposição ao mercado cripto de forma segura e regulamentada.
Em junho de 2024, o Itaú deu um passo à frente, lançando a custódia própria de bitcoin e ethereum.
A custódia de criptoativos é um serviço que garante o armazenamento seguro dessas moedas digitais, protegendo os investidores contra possíveis fraudes ou perdas.
Segundo o banco, essa infraestrutura visa atender à necessidade dos clientes por um serviço seguro, sendo essencial no mercado de criptoativos, onde a confiança no armazenamento de chaves privadas é crucial.
Plataforma íon Itaú e a negociação de criptoativos
Além da custódia, o Itaú oferece a negociação de bitcoin e ethereum através da sua plataforma de investimentos, a íon Itaú, que conta com mais de 350 mil investidores cadastrados.
Essa plataforma permite aos clientes negociar não apenas criptomoedas, mas também mais de 3 mil outros produtos financeiros, criando um ambiente diversificado e acessível para quem deseja explorar o universo dos investimentos digitais.
Guto Antunes, head da Itaú Digital Assets, destacou que o banco está satisfeito com a evolução da jornada dos criptoativos junto aos clientes.
Segundo ele, a abertura da negociação para todos os usuários da plataforma íon é uma prova do amadurecimento do produto e do mercado como um todo.
A estratégia do Itaú é manter um serviço intuitivo e fácil de usar, garantindo que os investidores tenham segurança e acesso a informações claras sobre o mercado cripto.
Custódia de criptoativos: R$ 1,725 bilhão em bitcoin e ethereum
O relatório financeiro do Itaú referente ao segundo trimestre de 2024 revelou que o banco já possui sob custódia R$ 1,725 bilhão em criptoativos, principalmente bitcoin e ethereum.
Essa custódia representa um marco importante, não apenas pela quantia envolvida, mas também pela confiança que o banco deposita no mercado de criptomoedas como uma nova classe de ativos.
No balanço patrimonial, o Itaú classificou os criptoativos como “ativos digitais criptografados”, destacando que eles podem ser usados tanto como reserva de valor quanto como meio de troca.
O banco também informou que os criptoativos são adquiridos para negociação, com o reconhecimento e a mensuração realizados pelo valor justo, o que significa que as variações no valor de mercado são refletidas no resultado do período.
Embora o Itaú não tenha detalhado publicamente a infraestrutura por trás da custódia desses ativos digitais, o banco ressaltou que a segurança no armazenamento dos criptoativos é uma prioridade, buscando proporcionar aos seus clientes a tranquilidade necessária para investir nesse mercado volátil.
Presença internacional e os planos futuros do Itaú
Fundado em 1924, o Itaú completa 100 anos de existência em 2024, consolidando-se como o maior banco da América Latina e com operações internacionais em países como os Estados Unidos e diversas nações europeias.
A atuação global da instituição financeira também levanta questões sobre a possibilidade de expansão do serviço de custódia de criptomoedas para outros mercados.
Até o momento, o banco não confirmou quando ou se irá expandir seu serviço de custódia de criptoativos para além do Brasil.
No entanto, a adoção crescente de criptomoedas por grandes instituições financeiras ao redor do mundo sugere que essa possibilidade não está fora de cogitação, especialmente considerando o tamanho e a influência global do Itaú.
Para o futuro, o Itaú pretende continuar investindo na segurança de seus serviços cripto, garantindo que os clientes tenham as ferramentas necessárias para desenvolver estratégias de investimento no mercado de criptomoedas de forma transparente e informada.
Conclusão
A entrada do Itaú no mercado de custódia e negociação de criptomoedas é um indicativo claro de que o mercado financeiro tradicional está, gradualmente, adotando as inovações trazidas pela tecnologia blockchain.
Ao custodiar mais de R$ 1,7 bilhão em bitcoin e ethereum, o Itaú reforça sua posição de liderança na América Latina, oferecendo aos seus clientes uma forma segura e regulamentada de acessar o mercado cripto.
Com essa iniciativa, o banco pavimenta o caminho para que mais investidores, especialmente os mais conservadores, possam se sentir seguros ao explorar as oportunidades oferecidas por essa nova classe de ativos, potencialmente abrindo caminho para mais inovações no setor financeiro nos próximos anos.
Pergunta para discussão
Você acredita que outros grandes bancos seguirão o exemplo do Itaú e oferecerão custódia e negociação de criptomoedas em um futuro próximo?
Como essa tendência pode impactar o mercado financeiro global?