Coinbase lança cbBTC: a versão do wrapped bitcoin da exchange já está disponível nas redes Ethereum e Base

Alex Bit
Por Alex Bit 7 min de leitura
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A Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, anunciou o lançamento do cbBTC, sua própria versão do wrapped bitcoin (bitcoin tokenizado).

Este novo token está disponível inicialmente nas redes Ethereum e Base, oferecendo aos usuários uma nova forma de integrar o bitcoin em aplicações de finanças descentralizadas (DeFi).

O lançamento do cbBTC marca a entrada da Coinbase em um mercado dominado até agora pelo WBTC, da BitGo, que atualmente é o maior wrapped bitcoin em circulação.

O que é o cbBTC?

O cbBTC é um token ERC-20 criado pela Coinbase e lastreado em uma proporção de 1:1 com o bitcoin (BTC) mantido pela exchange.

Em termos simples, o cbBTC permite que os usuários usem seus bitcoins em redes de blockchain compatíveis com o Ethereum, como Ethereum e Base, para acessar o vasto ecossistema de aplicações DeFi.

Isso inclui fornecer liquidez em pools de trocas descentralizadas, usar o bitcoin como colateral para empréstimos, e participar de estratégias de rendimento passivo em protocolos de finanças descentralizadas.

Diferente do bitcoin nativo, que opera em sua própria blockchain, o cbBTC é um token compatível com redes baseadas no Ethereum, o que amplia as possibilidades de uso do bitcoin além da simples transferência de valor.

Funcionalidade e integração com DeFi

Com o cbBTC, a Coinbase está mirando diretamente no crescente mercado DeFi, onde o WBTC da BitGo domina com mais de US$ 8 bilhões em circulação.

O cbBTC já conta com suporte de grandes protocolos DeFi como Aerodrome, Curve, Aave, Sky Protocol, Compound, Maple e plataformas de cross-chain como deBridge.

Esses serviços permitem que os usuários negociem, emprestem e utilizem o cbBTC como colateral em contratos inteligentes.

Além disso, a conversão entre bitcoin e cbBTC será automática para os usuários da Coinbase.

Quando os bitcoins forem transferidos da exchange para carteiras específicas nas redes Ethereum ou Base, eles serão automaticamente convertidos em cbBTC.

Da mesma forma, o cbBTC recebido nas contas da Coinbase será convertido novamente para bitcoin em uma proporção de 1:1, facilitando o uso para os clientes que desejam interagir com o mercado DeFi sem a complexidade de operações manuais de conversão.

Expansão e acessibilidade global

O cbBTC está inicialmente disponível para usuários da Coinbase em vários países, incluindo Brasil, Estados Unidos (com exceção de Nova York), Reino Unido, Estados do Espaço Econômico Europeu (EEA), Singapura e Austrália.

No entanto, a exchange já sinalizou planos de expandir o suporte do cbBTC para outras redes blockchain nos próximos meses, o que pode ampliar ainda mais sua adoção.

Essa estratégia de expansão reflete o objetivo da Coinbase de criar uma “economia massiva de bitcoin” em sua rede Base, conforme mencionado por Jesse Pollak, criador da Base.

O sucesso do cbBTC pode ser um passo crucial para fortalecer o ecossistema de DeFi no Base e consolidar a Coinbase como um ator chave nesse segmento.

Desafios e críticas: o que Justin Sun disse sobre o cbBTC?

Apesar do entusiasmo gerado pelo lançamento do cbBTC, ele não passou despercebido por críticos do mercado cripto.

Justin Sun, fundador da Tron e uma figura influente no espaço das criptomoedas, usou suas redes sociais para apontar o que ele vê como as fraquezas do novo token da Coinbase.

Sun destacou que o cbBTC “carece de prova de reservas, não tem auditorias e pode congelar o saldo de qualquer pessoa a qualquer momento”.

(É importante lembrar que Justin Sun colabora com a BitGo, responsável pelo WBTC que concorre com o cbBTC).

Ele também acrescentou que, basicamente, o cbBTC é uma questão de “confiança” no provedor, sem mecanismos transparentes de auditoria que garantam a solvência das reservas de bitcoin que suportam o token.

Essas críticas ecoam preocupações que têm sido levantadas no passado sobre a confiança necessária em entidades centralizadas que oferecem tokens lastreados em ativos, como os wrapped tokens.

A ausência de auditorias públicas ou de um mecanismo de prova de reservas pode desencorajar certos usuários a adotarem o cbBTC, especialmente aqueles mais preocupados com transparência e descentralização.

A polêmica com o WBTC

O WBTC da BitGo, que domina o mercado de wrapped bitcoin, já é amplamente utilizado em diversas plataformas DeFi e conta com mais de US$ 8 bilhões em ativos sob custódia.

A principal vantagem do WBTC é sua ampla aceitação e a parceria com grandes instituições financeiras para garantir a transparência e segurança das reservas de bitcoin.

Porém, nos últimos meses, o WBTC tem sido alvo de controvérsias.

A BitGo, custodiante do WBTC — atualmente o 15º maior ativo digital por capitalização de mercado — anunciou recentemente uma parceria com a BiT Global, empresa sediada em Hong Kong.

O objetivo seria diversificar as operações de custódia e armazenamento a frio do WBTC em várias jurisdições.

No entanto, essa mudança gerou preocupações no setor. A BiT Global está ligada a Justin Sun, o polêmico fundador da rede Tron, cujas práticas de governança e transparência têm sido questionadas por várias figuras da indústria cripto.

Em particular, a MakerDAO, organização responsável pela stablecoin DAI, levantou preocupações sobre o envolvimento de Sun, considerando-o um “nível inaceitável de risco”.

Essas preocupações foram motivadas, em parte, pela deterioração percebida na transparência da stablecoin TUSD após o envolvimento de Sun.

Com a entrada da Coinbase nesse mercado, a competição promete esquentar.

A exchange traz consigo a confiança de ser uma das maiores exchanges do mundo, além de sua vasta base de usuários e a integração facilitada entre bitcoin e cbBTC.


E você, acha que o cbBTC tem potencial para superar o WBTC? Deixe sua opinião nos comentários!

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