A adoção de criptomoedas no mundo tem crescido rapidamente, e o Brasil se destaca como o maior país da América Latina nesse cenário, ocupando a 10ª posição global.
Segundo o Índice Global de Adoção de Criptomoedas 2024 da Chainalysis, o uso de criptoativos está em ascensão em diversas regiões, com ênfase em países de renda média-baixa.
No Brasil, tanto grandes transações institucionais quanto o uso de finanças descentralizadas (DeFi) impulsionam essa liderança regional, refletindo a importância das criptomoedas como alternativa ao sistema financeiro tradicional.
A seguir, você confere os principais destaques do relatório de 2024.
1. Domínio da Ásia Central, Meridional e Oceania (CSAO)
Sete dos vinte países mais bem classificados estão localizados na região da Ásia Central, Meridional e Oceania, incluindo a Índia, que lidera o ranking global.
A região CSAO se destaca pela ampla adoção de criptomoedas tanto em serviços centralizados quanto em finanças descentralizadas (DeFi).
Países como Indonésia e Vietnã também se posicionam fortemente entre os cinco primeiros .
2. Brasil lidera na América Latina
Apesar de ter caído para a 10ª posição global, o Brasil continua sendo o líder indiscutível na América Latina.
Com uma adoção diversificada, incluindo transações institucionais e uso crescente de protocolos DeFi, o Brasil mantém uma posição de destaque regional.
Além disso, outros países latino-americanos, como Venezuela (13ª), México (14ª) e Argentina (15ª), também figuram no top 20 .
3. Aumento nas atividades de criptomoedas globalmente
O relatório destaca que, entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, a atividade global de criptomoedas cresceu substancialmente, superando os níveis observados durante o pico do mercado em 2021.
Esse crescimento foi impulsionado por um aumento significativo nas transferências institucionais, especialmente após o lançamento de ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos .
4. Fortalecimento das stablecoins e DeFi em regiões emergentes
As stablecoins têm crescido particularmente entre transferências de varejo e profissionais, principalmente em países de renda baixa e média-baixa, como na América Latina e África Subsaariana.
Além disso, o uso de finanças descentralizadas (DeFi) tem aumentado consideravelmente nessas regiões, impulsionando o uso de altcoins e fortalecendo a presença de criptomoedas em mercados emergentes .
Esses destaques demonstram uma expansão global do uso de criptomoedas, com ênfase em países de renda média e baixa, onde os criptoativos estão sendo adotados como alternativas ao sistema financeiro tradicional.
Ao mesmo tempo, o crescimento das criptomoedas em regiões mais ricas, como América do Norte e Europa Ocidental, é impulsionado por inovações institucionais como os ETFs de Bitcoin.
O ranking dos países
Aqui está uma tabela com o ranking dos países no Índice Global de Adoção de Criptomoedas 2024 da Chainalysis, com destaque para o Brasil e outros países relevantes:
Posição | País | Região |
---|---|---|
1 | Índia | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
2 | Nigéria | África Subsaariana |
3 | Indonésia | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
4 | Estados Unidos | América do Norte |
5 | Vietnã | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
6 | Ucrânia | Europa Oriental |
7 | Rússia | Europa Oriental |
8 | Filipinas | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
9 | Paquistão | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
10 | Brasil | América Latina |
11 | Turquia | Oriente Médio e Norte da África (MENA) |
12 | Reino Unido | Europa Central, Setentrional e Ocidental (CNWE) |
13 | Venezuela | América Latina |
14 | México | América Latina |
15 | Argentina | América Latina |
16 | Tailândia | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
17 | Camboja | Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO) |
18 | Canadá | América do Norte |
19 | Coreia do Sul | Ásia Oriental |
20 | China | Ásia Oriental |
Conclusão
O relatório de 2024 da Chainalysis mostra que a adoção de criptomoedas continua a crescer em todo o mundo, com destaque para a Ásia e regiões emergentes como América Latina e África Subsaariana.
Embora países de renda média e baixa sejam os principais impulsionadores dessa tendência, o interesse institucional e o lançamento de ETFs estão fortalecendo a presença das criptomoedas também em mercados desenvolvidos, como América do Norte e Europa.