Polygon substitui MATIC por POL: o que muda com a versão 2.0 da rede

A transição do token MATIC para POL marca o início da Polygon 2.0, trazendo descentralização, maior flexibilidade e novas oportunidades de financiamento.

Alex Bit
Por Alex Bit
7 min de leitura

A partir do dia 4 de setembro de 2024, a Polygon, uma das mais populares redes de camada 2 construídas sobre o ecossistema Ethereum, fará uma mudança significativa: o token MATIC será substituído oficialmente por POL, um novo ativo que promete transformar o funcionamento da rede.

Essa transição faz parte de uma série de atualizações que visam preparar o projeto para a tão aguardada versão 2.0 da Polygon, trazendo benefícios em termos de descentralização, flexibilidade e financiamento de projetos comunitários.

O que é o POL e por que ele substitui o MATIC?

O MATIC, token que até então era usado para pagar taxas de transação e recompensar validadores na rede Polygon, será convertido automaticamente em POL.

Isso significa que os detentores de MATIC não precisarão tomar nenhuma ação, já que a transição ocorrerá de forma transparente e automática.

O POL não será apenas uma atualização estética, mas trará novas funcionalidades e maior flexibilidade em várias áreas da rede.

Segundo o CEO da Polygon Labs, Marc Boiron, uma das razões técnicas para a substituição é que as chaves de atualização do MATIC foram queimadas há anos, o que impedia novas modificações no token.

Com o POL, será possível introduzir emissões controladas, possibilitando o crescimento do ecossistema e o financiamento de iniciativas comunitárias.

Isso também permitirá uma administração mais descentralizada dos recursos e dará à rede uma maior capacidade de inovação.

Benefícios do POL para a rede Polygon

Com a introdução do POL, algumas mudanças importantes virão para a rede Polygon, principalmente no que diz respeito à sua arquitetura econômica e operativa. Entre as principais novidades estão:

  1. Emissão controlada de tokens: O POL terá uma taxa de emissão anual fixa de 2%, com parte desse suprimento sendo destinada aos validadores da rede como recompensas, e outra parte para a tesouraria comunitária. Isso cria uma base sólida para financiar projetos que apoiam o desenvolvimento contínuo da Polygon.
  2. Maior flexibilidade no staking: Com o POL, a rede vai expandir suas possibilidades de staking, incluindo a participação em sistemas como a geração de blocos, provas de conhecimento zero e comitês de disponibilidade de dados (DACs). Isso garantirá uma rede mais robusta e descentralizada, com maior segurança para os usuários e validadores.
  3. Descentralização: Um dos grandes objetivos dessa mudança é tornar a rede ainda mais descentralizada. Isso se estende não apenas à rede principal, mas também às sub-redes afiliadas à Polygon, como o AggLayer. Essas sub-redes poderão adotar o POL para recompensar validadores e incentivar a participação de operadores descentralizados, eliminando a dependência de sequenciadores centralizados.
  4. Financiamento de projetos comunitários: A tesouraria comunitária gerida pelo POL será fundamental para apoiar iniciativas que fomentem o crescimento do ecossistema. Além de recompensar os validadores, essa estrutura possibilitará a criação de um programa de subsídios para projetos inovadores e tecnológicos, algo que era inviável com o MATIC devido às suas limitações técnicas.

O que a Polygon 2.0 promete?

A mudança de MATIC para POL faz parte de um roteiro mais amplo para a versão 2.0 da Polygon, que visa transformar a rede em uma infraestrutura de camada 2 ainda mais eficiente e descentralizada.

A nova fase da Polygon introduzirá várias melhorias focadas em escalabilidade, segurança e compatibilidade com soluções de prova de conhecimento zero (zk-proof).

Uma das inovações mais esperadas é o aumento no suporte a sub-redes afiliadas, o que abrirá as portas para que novos ecossistemas possam ser construídos em cima da tecnologia da Polygon.

Essas sub-redes, ao utilizar o POL, poderão criar um modelo de governança mais descentralizado desde o início, facilitando a adoção de novos projetos sem a necessidade de tokens próprios.

Boiron destacou que uma das maiores vantagens do POL é a capacidade de oferecer incentivos para descentralizar essas redes, mesmo antes de elas emitirem seus próprios tokens.

Essa abordagem traz mais segurança e confiança para os projetos que buscam construir em cima da Polygon.

O impacto para os usuários e desenvolvedores

Do ponto de vista dos usuários e desenvolvedores que já fazem parte do ecossistema Polygon, a transição de MATIC para POL será simples e sem fricção.

Para os detentores de MATIC, não haverá necessidade de converter manualmente seus tokens, já que a migração ocorrerá de forma automática.

Para os desenvolvedores, as novidades trazidas pela versão 2.0 abrem uma série de novas oportunidades.

O POL permitirá que projetos em fase inicial se beneficiem de uma rede mais descentralizada e eficiente, além de oferecer um ecossistema de financiamento robusto para iniciativas inovadoras.

Além disso, a compatibilidade com soluções de prova de conhecimento zero pode atrair novos desenvolvimentos em áreas como privacidade e segurança.

Conclusão

A transição de MATIC para POL é um marco importante na trajetória da Polygon rumo à sua versão 2.0.

Com a nova estrutura econômica e técnica proporcionada pelo POL, a rede não só se tornará mais flexível e descentralizada, como também estará preparada para apoiar o crescimento de sub-redes e ecossistemas afiliados.

Para os usuários e desenvolvedores, essa mudança promete um futuro mais promissor, com mais segurança, escalabilidade e inovação.

Se você é um entusiasta da Polygon ou um desenvolvedor que busca criar soluções inovadoras no ecossistema Ethereum, o POL trará inúmeras vantagens que podem acelerar o sucesso do seu projeto.

Fique atento às próximas atualizações e explore as novas possibilidades que a Polygon 2.0 tem a oferecer!

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