O que é o Ethereum?

Alex Bit
Por Alex Bit 6 min de leitura
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O Ethereum é uma plataforma de blockchain de código aberto que permite a criação de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (DApps).

Criado por Vitalik Buterin e lançado em 2015, o Ethereum rapidamente se destacou no mundo das criptomoedas por sua flexibilidade e funcionalidade programável.

A moeda nativa da rede é o Ether (ETH), a segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, ficando atrás apenas do Bitcoin.

A origem e a visão de Vitalik Buterin

Vitalik Buterin, um programador russo-canadense, começou a desenvolver a ideia do Ethereum em 2013.

Vitalik Buterin

Ele queria criar algo que fosse além do Bitcoin, que na época era visto principalmente como um meio de troca e reserva de valor.

Buterin imaginou uma plataforma que pudesse permitir que desenvolvedores criassem aplicações descentralizadas, eliminando a necessidade de intermediários em diversos setores, como finanças, jogos e até governança.

A proposta central do Ethereum era possibilitar a criação de “moneta programável”, ou seja, uma unidade de valor que pudesse ser gerenciada por meio de software de forma automática, mantendo os princípios de descentralização e segurança do Bitcoin .

Como funciona o Ethereum?

O Ethereum funciona através de uma rede descentralizada de computadores (nós) que mantêm e validam um livro-razão de transações chamado de blockchain.

Mas a verdadeira inovação do Ethereum está na sua capacidade de executar contratos inteligentes.

Esses contratos são programas autônomos que rodam na blockchain e executam automaticamente quando condições predefinidas são atendidas.

Um contrato inteligente pode ser usado para muitas finalidades, desde o gerenciamento de um token digital até a criação de sistemas financeiros complexos.

Os contratos inteligentes são escritos em Solidity, uma linguagem de programação projetada especificamente para o Ethereum .

DApps e o ecossistema do Ethereum

Uma das principais inovações trazidas pelo Ethereum é a capacidade de suportar aplicativos descentralizados, ou DApps.

Esses aplicativos funcionam na blockchain sem a necessidade de uma entidade central controlando seus dados ou transações.

Exemplos de DApps populares incluem Uniswap (uma exchange descentralizada), Aave (um protocolo de empréstimo) e diversos marketplaces de NFTs.

Esses DApps são alimentados por contratos inteligentes, que interagem entre si para fornecer os serviços desejados pelos usuários.

Como todas as transações em DApps ocorrem na blockchain, elas são imutáveis, seguras e transparentes .

Ethereum e a diferença com o Bitcoin

Embora o Bitcoin e o Ethereum sejam frequentemente comparados, eles têm objetivos bastante diferentes.

O Bitcoin foi projetado principalmente como uma reserva de valor e um meio de troca descentralizado.

Já o Ethereum se posiciona como uma plataforma programável, permitindo a criação de uma vasta gama de aplicações e serviços descentralizados.

Outra diferença importante é o algoritmo de consenso.

Originalmente, tanto o Bitcoin quanto o Ethereum usavam o Proof of Work (PoW) para validar as transações, mas o Ethereum migrou para o Proof of Stake (PoS) em um evento histórico chamado “Merge”, realizado em setembro de 2022.

Essa transição tornou o Ethereum mais eficiente em termos energéticos e melhorou sua escalabilidade, preparando a rede para futuras melhorias, como o sharding .

Casos de uso e valor do Ethereum

O Ethereum tem uma ampla gama de casos de uso devido à sua flexibilidade. Além de ser a base para muitos projetos de finanças descentralizadas (DeFi), a plataforma também suporta a criação de tokens não fungíveis (NFTs), jogos, soluções de identidade digital, entre outros.

O Ether (ETH), por sua vez, é utilizado para pagar taxas de transação e para interagir com contratos inteligentes na rede.

O valor do Ether está diretamente ligado à demanda pelos serviços oferecidos no Ethereum, como a execução de DApps e transações financeiras descentralizadas.

À medida que mais pessoas utilizam a rede, a demanda por ETH aumenta, o que pode influenciar o seu valor de mercado .

O futuro do Ethereum: Ethereum 2.0

Com a introdução do Ethereum 2.0, uma série de atualizações foi proposta para melhorar a escalabilidade, a segurança e a sustentabilidade da rede.

A mais notável dessas atualizações foi a transição do PoW para o PoS, que reduziu drasticamente o consumo de energia da rede.

Outro aspecto importante é a implementação do sharding, uma técnica que divide a blockchain em “shards” menores, permitindo que várias transações sejam processadas simultaneamente, o que melhora a capacidade da rede .

Conclusão

O Ethereum é muito mais do que apenas uma criptomoeda. Sua flexibilidade para permitir contratos inteligentes e DApps o torna uma das plataformas mais inovadoras e promissoras no espaço blockchain.

Com a contínua adoção de novas tecnologias, como o PoS e o sharding, o Ethereum tem o potencial de se consolidar ainda mais como uma infraestrutura crítica para a internet descentralizada do futuro.

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